Agentes de Endemia mantém esforços para eliminar focos do Aedes aegypti
Tem sido intensa a rotina dos 183 Agentes de Controle de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde que, desde o início de maio, encararam o desafio de visitar, em 45 dias, mais de 121 mil imóveis em busca de criadouros de larvas do mosquito da dengue em Itabuna. Além de subir em lajes, enfrentar às vezes indiferença e hostilidade de moradores ou entrar em quintais com esgotos, matagal e entulhos, muitos são obrigados a manter os esforços para eliminar focos do Aedes aegypti.
“O trabalho não tem sido fácil em função de muitas barreiras que encontramos no dia a dia, entre as quais a dificuldade de um agente em entrar na residência de determinadas famílias para descobrir e tratar um criadouro principalmente nos fins de semana e feriados” observa a coordenadora do Programa de Endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Tatiana Pires.
Um dos agentes contou que, durante uma visita domiciliar num bairro nobre de Itabuna, um integrante de uma família perguntou se não tinha o que fazer num fim de semana “do que ficar nos incomodando em busca de mosquito”. “De início é constrangedor, mas não podemos recuar, porque não estamos pedindo nem fazendo favor algum, mas trabalhando por uma Itabuna livre do mosquito e de novas epidemias”, disse o agente que preferiu não ter o nome divulgado.
O “Mutirão da guerra dos 45 dias” iniciado no dia 2 de maio pela Secretaria Municipal de Saúde somente será encerrado nesta sexta-feira, dia 17, embora o trabalho de controle do mosquito continue normalmente em toda a cidade. Segundo Tatiana Pires até agora o trabalho está centrado no fechamento, bairro a bairro, com índice de pendência abaixo de 10%.
A expectativa, segundo diz, é de que na primeira semana de julho, quando será realizado um novo Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) o número de infestação pelo Aedes aegypti esteja reduzido sensivelmente no município. “Todo esforço tem sido empreendido nesses quase 40 dias de trabalho intensivo, norteado pelo amor, compromisso e disciplina de cada agente de campo, visando garantir a saúde e o bem estar da população”, afirma.
Tatiana Pires reforça que esse tem sido o compromisso do secretário municipal de Saúde, Paulo Bicalho, em buscar alternativas para o combate ao mosquito e incentivado as equipes nesse trabalho incansável e permanente. “Mas o sucesso não depende apenas do secretário nem dos Agentes de Controle de Endemias, mas, principalmente, do comprometimento de cada família que pode e deve colaborar, seja por meio de denúncias de criadouros, no armazenamento correto de água para o consumo ou na eliminação dos focos em seus domicílios”, concluiu.